Indentidade cultural e Religiosa

Uma Programação sobre as raízes que foram plantadas no Brasil
buscando a preservação e a memória da religião afro-brasileira

A ideia de “criar um projeto de preservação e memória da religião afro-brasileiras” vira sempre a de preservar-se, a de não desaparecer no processo de modernização que tanto transforma as práticas e os valores, impedindo assim que o futuro venha a apagar toda a memória de sua existência, caso a evidência material não seja preservada como testemunho. Preservar sua crença, implicaria, portanto, preservar também algo do aparato material sobre o qual ela se inscreve; preservar o fruto do trabalho e da fé na sua mais concreta materialidade
A contribuição dos valores da chamada cultura afro-brasileira vem sendo mais e mais, reconhecida como elemento marcante da cultura e sociedade brasileiras por todo o mundo. Hoje, não apenas a música e a comida, as festas, a capoeira e a religião, mas também elementos menos concretos como um “jeito de ser” herdado dos africanos, têm sido reconhecidos e divulgados como valores nacionais que, inclusive, exportamos para países da Europa e da Ásia, entre outros.
Tendo sido a cultura negra, durante muito tempo, uma cultura dominada, suas manifestações religiosas foram duramente perseguidas pelo poder político e sua polícia e também pelo catolicismo, hegemônico durante longos anos.  A memória religiosa só se manteve às custas da transmissão de tradição oral, de pais para filhos.
Visando hoje, preservar e garantir o espaço para a continuidade do candomblé e de todo o aparato material que havia dentro dele. A preocupação com acervos de memória e continuidade desse religião que vem mostrando cada vez mais, a sua cara.